12/05/2018

WWW.GELEDES.ORG.BR/COLETOR-MENSTRUAL


** Como Coletores Menstruais Estão Mudando A Vida Das Mulheres Na África

Data: 12/04/2015 
 Você já imaginou que a menstruação pode atrapalhar mulheres e garotas de frequentarem a escola e trabalharem? E eu não estou dizendo isso por causa dos sintomas tradicionais que acompanham esse ciclo mensal como cólica, dor de cabeça e enjoo. Mas sim por conta da falta de condição dessas mães, mulheres e famílias de comprarem absorventes para elas mesmas ou suas filhas, impossibilitando-as de saírem de casa todo mês por, em média, uma semana.POR MARINA COLERATO, do Mode FicaPode parecer loucura para nós, porém essa é a realidade de milhares de mulheres ao redor do mundo, que não só sofrem com o afastamento da sociedade durante o ciclo menstrual, como também com estigmas e tabus socioculturais e riscos à saúde. Um absorvente, coletor menstrual ou tampão interno pode, de fato, mudar a vida dessas mulheres.Em Mathare, absorventes e produtos de higiene pessoal são caros e fora do alcance financeiro da maioria das famílias. No Quénia, um pacote de absorventes higiênicos custa aproximadamente 50KSH (cerca de R$ 3,90), o que significa metade do salário diário dos trabalhadores de base.Sendo assim, absorventes são “itens de luxo” e as meninas, na tentativa de se manterem mais tempo possível na escola – em média, a cada três anos são 8 meses perdidos de estudos devido à menstruação, segundo a estimativa do Days For Girls -, usam, no lugar de absorventes, trapos e jornal, ou até mesmo lama e casca de árvores. Métodos ineficazes e desconfortáveis, mas pior do que isso, que ocasionam infecções genitais e doenças.Pensando em sanar esse problema, uma variedade de organizações sociais estão levando absorventes reutilizáveis para as mulheres que mais precisam deles, porém uma solução ainda melhor foi encontrada: coletores menstruais. Os coletores menstruais são uma forma higiênica, econômica e sustentável de fornecer total liberdade para as mulheres e garotas nessas comunidades. Eles duram 10 anos, são fáceis de serem higienizados e podem ficar no corpo por até 12 horas seguidas.A organização canadense Femme International trabalha através de educação e distribuição, em um programa destinado a meninas do ensino fundamental em escolas do Quénia e da Tanzania. Através de workshops, a organização ensina as meninas sobre reprodução feminina, ciclo menstrual e como usar o kit Femme. Depois de passar por esse ciclo informativo, as participantes recebem o kit com um coletor menstrual (ou absorventes reutilizáveis, conforme preferirem), um bowl, um espelho, um sabonete e uma toalha.Apesar dos coletores menstruais ainda não serem muito populares nem nos países desenvolvidos, existem empresas empenhadas em aumentar seu alcance, como é o caso da Ruby Cup. Além do apelo eco-friendly (quantos absorventes usamos e descartamos em 10 anos?), vegan (não há absorventes populares que não sejam testados em animais) e do custo-benefício, os coletores Ruby Cup têm apelo social. “Cada vez que um coletor é vendido para uma mulher no Canadá ou em qualquer outro país através do nosso e-shop, nós doamos um coletor para um dos nossos parceiros, como o Femme International, que ajudam a distribuir esses coletores nas comunidades onde trabalham”, explica Maxie Matthiessen, co-fundadora do Ruby Cup.Em um primeiro momento, um absorvente ou coletor menstrual pode não parecer tão essencial e até mesmo empoderador, mas conforme vamos descobrindo como seu uso (ou sua ausência) pode transformar a vida de milhares de mulheres ao redor do mundo, vemos o quanto ele é essencial para que a menstruação não seja mais uma barreira de gênero entre tantas que as mulheres já têm que enfrentar diariamente.Uma pesquisa da organização Days For Girls mostrou que garotas que têm acesso à higiene sanitária se sentem mais confortáveis na escola e têm mais chances de concluírem os estudos, e que para cada ano de estudo há um acréscimo em seu salário. Além disso, mulheres que estudam sete anos ou mais casam quatro anos mais tarde e passam seu conhecimento e força para outras mulheres, além de terem mais força para falar por si mesma e contribuir para sua comunidade.Você pode contribuir com kits, coletores e mais através da Femme International aquiou comprando os produtos da Days For Girls aqui, que faz esse trabalho também na América Latina.Foto: Reprodução // Femme International

Fonte: geledes 

** 5 pontos positivos para começar a usar o coletor menstrual

Data: 08/07/2015 Ele virou assunto dos mais comentados na internet, angariou fãs, ganhou até tutoriais em vídeo e despertou o nojinho de muita gente! As brasileiras pioneiras no assunto descobriram o mooncup há cerca de quatro anos, mas foi só em 2015 que o coletor menstrual ficou mais fácil de ser encontrado por aqui e suas vendas deram um salto.Veja os pontos positivos relacionados ao uso do produto:Por Vânia Goy Do Brasil Pos1. É confortável e evita odoresVocê não vai sentir nada se ele estiver na posição correta. A jornalista Marcella Chartier, 30 anos, de São Paulo, usa o coletor há mais de um ano e hoje nem se lembra de que está com ele. “É muito anatômico e não me sinto úmida nem noto aquele cheiro forte que fica no absorvente.” O tal odor aparece quando o sangue entra em contato com o ar. “Como o coletor cria um vácuo, isso não acontece”, explica a ginecologista Carolina Ambrogini, da Universidade Federal de São Paulo e nossa colunista.2. Com a prática, não há vazamentos“A maioria das mulheres não tem noção exata da menstruação, porque a quantidade não fica evidente no absorvente”, diz a ginecologista Taísa Catania, de São Paulo. O segredo do sucesso é acertar na colocação. “No início pode haver vazamentos. Provavelmente, eles vão parecer com o começo do ciclo, quando você dá um pulo no banheiro para checar se ficou menstruada”, diz Taísa. Na fase de teste, coloque um protetor diário na calcinha para prevenir acidentes.3. É uma boa alternativa para as alérgicasCoceira, espinhas e ardência são algumas das queixas de quem sofre em contato com absorventes. Para parte dessas mulheres, a versão interna é inviável. “Sempre dormia mal durante a menstruação: a minha pele ficava vermelha e irritada”, conta a terapeuta ocupacional Bruna Taño, 30 anos, de São Paulo, que resolveu o perrengue ao optar pelo coletor.4. Dá para praticar esportes e ter uma noite tranquila de sonoCom o coletor, você pode fazer atividade física e também dormir sem medo de manchar a roupa de cama. “Abria mão da ioga durante a menstruação”, diz a chef de cozinha Mariana Pelozzio, 29 anos, de São Paulo. Ela corre, nada e não tolera absorventes internos tradicionais. “Senti que mudou a minha vida quando fui a uma aula menstruada e fiz todas as posturas sem desconforto nem vazamentos.”5. Inibe o surgimento de infecçõesÀ primeira vista, usar algo que não é descartável dá certa insegurança. Mas Carolina Ambrogini garante que o coletor é mais do que seguro: você só tem que seguir direitinho as recomendações de higiene. “Ele precisa ser lavado com água e sabonete. Sem a limpeza correta, bactérias podem crescer e causar mau cheiro.” Fabricantes como os do In Ciclo e Me Luna, os mais populares por aqui, ainda recomendam desinfetá-lo à moda antiga: ferva o seu durante cinco minutos depois que a menstruação acabar.*Feito de silicone flexível, o copinho, para as íntimas, tem forma de sino e, introduzido como um absorvente interno, adere às paredes do canal vaginal e armazena o sangue menstrual. Além de eficiente, é econômico e ecológico: custa cerca de 80 reais, mas é reutilizável e, bem cuidado, pode durar até dez anos.  Fonte: geledes  

** 7 fatos sobre o coletor menstrual para você conhecê-lo melhorData: 23/04/2015

 Você já ouviu falar do coletor menstrual? O “copinho” consiste em um recipiente, geralmente de silicone ou de algum tipo de plástico, que, inserido na vagina, coleta o sangue menstrual. É uma alternativa aos absorventes externos e internos e que tem ficado cada vez mais popular, principalmente por ser uma opção econômica e ecológica.Por Nana Soares, do Brasil Post A ginecologista e obstetra Halana Faria é entusiasta do coletor e comenta que percebeu um grande aumento no interesse em relação ao produto, se comparado a época em que ela mesma o descobriu, há cerca de sete anos. “Acho fantástico que as mulheres estejam aderindo. É um sinal de que querem conhecer sua menstruação e entrar em um contato mais íntimo com seu ciclo.”A médica também destaca que o coletor exige uma certa manipulação, já que usá-lo requer tocar-se. “Isso é mexer com um tabu, certo? A menstruação também deixa de ser aquela coisa incômoda, suja, com cheiro ruim e ganha um status positivo, de curiosidade, de autoconhecimento”.Ficou curiosa? Nós listamos, com a consultoria da ginecologista, alguns fatos sobre o coletor para você conhecê-lo melhor e tirar suas dúvidas:1. Como funciona O coletor, quando usado corretamente, fica imperceptível no corpo da mulher. Para colocá-lo, a mulher deve dobrar o produto da maneira que preferir e inserir na vagina. Ele pode ser usado na hora de fazer xixi e deve ser esvaziado de 2 a 4 vezes ao dia. Já para tirar, é necessário apertar um pouco o coletor para retirar o vácuo.Depois de cada ciclo, a recomendação é lavar e ferver o coletor, além de conservá-lo em recipientes arejados e não hermeticamente fechados, que podem facilitar a proliferação de bactérias e fungos. “É normal que ele comece a escurecer um pouco com o uso”, explica Halana Faria.2. Tem um tamanho certo para o seu corpoOs coletores estão disponíveis em diversas cores, modelos e tamanhos. Esse último item é essencial: você precisa escolher o mais adequado para você. O copinho no tamanho errado pode causar vazamentos, desconforto e até aumentar o risco de infecção urinária.Entre os fatores que influenciam o tamanho do coletor estão a vida sexual, se a mulher já passou por parto, por abortamento, o fluxo menstrual e até mesmo a prática de algumas atividades físicas que podem influenciar na musculatura pélvica. Meninas virgens podem usar o coletor, mas há o risco do hímen se romper.Fora isso, não precisa nem dizer que o coletor é de uso pessoal e intransferível, né?3. Do que é feitoOs coletores têm composição que varia conforme a marca. Geralmente são de silicone ou do chamado TPE (material semelhante à borracha). Halana Faria aconselha a usuária a escolher um copinho maleável e de qualidade. Também é importante lembrar que, por serem feitos de materiais sintéticos, podem causar alergia.4. É econômico O preço do coletor pode parecer meio salgado: ele custa entre R$ 60 e R$ 80 reais, geralmente. Mas a vida útil do produto é muito grande: ele pode durar até 10 ou 15 anos se usado corretamente. Considerando o preço dos absorventes, o coletor faz valer o investimento muito cedo.5. É ecológico Por substituir os absorventes descartáveis (tanto o interno quanto o externo), o coletor menstrual ganhou a fama de ser ecologicamente correto. Apenas um produto vai cuidar da sua menstruação por anos e anos.6. É higiênico“O coletor é higiênico e não tem odor. Se a menstruação tem odor desagradável pode ser uma infecção”, alerta a ginecologista Halana Faria. Geralmente, associamos a menstruação a um odor desagradável. Mas muitas vezes esse odor é só o sangue entrando em contato com o ar, processo que é diferente para quem usa o coletor. O descarte do sangue pode se dar no vaso sanitário, pia, ralos e etc.7. Também tem restrições Como qualquer produto, os coletores também têm restrições de uso. Por exemplo, mulheres no pós-parto não devem usá-lo, assim como ele não pode ser utilizado durante a relação sexual. Quem usa DIU também precisa ficar atenta, já que a combinação do fio e do coletor podem fazer com que o dispositivo se desloque. Em relação à prática esportiva e a dormir com o coletor, não se preocupe: não tem problema nenhum.Naturalmente, existe o risco de alergia ao material. E ainda, se o coletor for maior do que o ideal para a mulher, existe também a possibilidade dele empurrar a uretra e aumentar o risco de infecção urinária. Tudo isso sem esquecer, é claro, que ele precisa ser higienizado durante o dia.A dica da médica Halana Faria é: “A mulher deve ficar atenta e perceber alterações como ardência ou coceira. O coletor pode irritar a mucosa da vagina. É preciso estar alerta, mas com bom senso e observação não há riscos maiores”. Fonte geledes 

**Coletor menstrual: por que não falamos dele?

Data: 02/09/2015 À primeira vista, ele parece um cálice feito de silicone. Embora possa causar estranheza no início, a maioria das mulheres que o experimenta diz que não vive mais sem ele. Mesmo assim, pouca gente o conhece ou já ouviu falar dele.Por Mariana Fusco Varella, do Drauzio VarellaO coletor menstrual, também chamado de “copinho”, é um dispositivo usado para coletar o sangue menstrual. Ajustável ao corpo, oferece baixo risco de infecções (não há nenhum caso de Síndrome do Choque Tóxico registrado com seu uso, por exemplo), é hipoalergênico, econômico – custa de R$ 85,00 a R$ 150, 00 –  e reutilizável, podendo durar de cinco a dez anos.Ao contrário do absorvente interno, que precisa ser introduzido no fundo do canal vaginal, o coletor deve ser colocado na entrada da vagina, o que pode causar certo desconforto durante o período de adaptação, que costuma variar de dois a cinco ciclos, em média.Segundo a doutora Renata Lopes Ribeiro, médica-assistente da Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da FMUSP e membro da equipe de Medicina Fetal do Fleury e da Maternidade São Luiz (SP), é preciso esvaziá-lo a cada 6 a 12 horas, dependendo da intensidade do fluxo menstrual. Para higienizá-lo, basta lavá-lo com água fria e sabão e fervê-lo após o período menstrual. Como o sangue não entra em contato com o ar, o coletor também evita o mau odor, que pode ocorrer com o uso de absorventes externos.Em geral, as marcas disponíveis no mercado oferecem dois tamanhos de coletores, um para mulheres que não tiveram filhos e outro para as que já tiveram. O dispositivo não está à venda em farmácias, somente pela internet. Sua única restrição de uso vale para quem ainda não teve relações sexuais, pois o hímen pode se romper na hora de introduzir ou retirar o copinho, e para as puérperas (mulheres que tiveram filhos há menos de 40 dias).“Não existe um tipo de absorvente que seja universalmente melhor para todas as mulheres. É preciso considerar as características do absorvente, assim como o perfil do ciclo menstrual, as preferências e estilo de vida de cada mulher que irá utilizá-lo. É bom saber que existem opções que contemplem as necessidades de cada uma de nós”, salienta a dra. Renata.Com todas essas vantagens, é de se estranhar que pouco se fale a respeito dos coletores. Por que um dispositivo relativamente barato, sustentável (o absorvente externo demora cerca de 100 anos para se degradar na natureza e o interno, mais ou menos um ano), que oferece baixo risco de infecções e mais liberdade à mulher é tão pouco divulgado?Uma coisa é certa: para usar o coletor, a mulher precisa entrar em contato com o próprio corpo, tocá-lo, conhecê-lo, aceitá-lo. Em uma sociedade em que falar sobre o funcionamento e as necessidades do corpo feminino ainda é tabu, em que mesmo hoje em dia algumas meninas escondem até da mãe, mulher como elas, que menstruaram, é fácil entender por que pouco se fala sobre o dispositivo. Espera-se de nós, mulheres, que lidemos com a menstruação em segredo.Devemos apoiar toda iniciativa que vise a dar mais liberdade e opção de escolha para a mulher. Cada uma tem um corpo, uma história, e quanto mais alternativas tivermos, melhor. Portanto, é hora de olharmos com mais carinho para elas. E para nós.*Editora do site Drauzio Varella e do blog Chorumelas
Fonte:geledes 



Nenhum comentário:

Postar um comentário